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Planejamento Estratégico: O que o "efeito kodak" pode nos ensinar sobre ele

Atualizado: 14 de mai.


Imagem de pessoas planejando algo
Imagem | Reprodução Freepik

Empresas que operam sem planejamento estratégico caminham à mercê das circunstâncias. Em um mercado competitivo, incerto e cada vez mais dinâmico, isso é quase um convite à perda de competitividade e à estagnação financeira. O planejamento estratégico, quando bem executado, é um instrumento poderoso não apenas para definir metas e alinhar ações, mas principalmente para melhorar a rentabilidade da empresa. Ele atua como um guia que conecta decisões de curto prazo com objetivos de longo prazo, com impacto direto sobre o lucro.


Uma das formas mais diretas pelas quais o planejamento estratégico contribui para a rentabilidade é a redução de custos por meio da eficiência operacional. Negócios que conseguem aplicar essa prática são chamadas de Empresas “future-ready”, como destaca a Escola de Negócios Global, IMD no artigo “Estar preparado para o futuro não é um luxo”, equilibram desempenho sólido e transformação contínua, superando financeiramente seus concorrentes. 


Empresas que implementam programas estruturados de melhoria de processos podem reduzir custos operacionais em até 30%. Esses ganhos são possíveis porque o planejamento estratégico identifica prioridades, define indicadores e acompanha resultados, tornando a empresa menos vulnerável a desperdícios, retrabalhos e decisões improvisadas.


Outro ponto essencial é o direcionamento mais preciso dos recursos, tanto humanos quanto financeiros. Quando uma empresa sabe onde quer chegar, evita investir em projetos desconectados da estratégia principal, que consomem tempo e dinheiro sem gerar retorno. Uma pesquisa publicada no portal InfoMoney mostra que apenas 10% das empresas brasileiras fazem um planejamento estratégico de médio e longo prazo (para os próximos 3 a 5 anos). 


Esse dado alarmante revela seus desdobramentos em equipes desmotivadas e sem verem sentido nas suas funções, ações desencontradas no dia a dia de trabalho, desperdício de recursos financeiros e de tempo, além de deixar o futuro da empresa à própria sorte. O planejamento estratégico transforma isso ao estabelecer metas claras, indicadores de desempenho e planos de ação que envolvem todas as áreas.


Na prática, o planejamento estratégico traz benefícios concretos como:

  • Redução de custos: eliminando desperdícios e melhorando a eficiência operacional.

  • Melhor uso dos recursos: evitando investimentos desnecessários e priorizando o que gera retorno.

  • Alinhamento da equipe: todos trabalham em função de objetivos comuns e mensuráveis.

  • Aumento da competitividade: com decisões mais rápidas e posicionamento mais claro no mercado.

  • Inovação direcionada: novos produtos e serviços nascem com base em metas reais e necessidades do mercado.

  • Visão de longo prazo com ações de curto prazo: equilíbrio entre execução imediata e construção de futuro.

  • Cultura de performance: foco em resultado, com monitoramento constante e capacidade de ajuste.


    Além desses benefícios, o planejamento estratégico pode ser dividido em etapas práticas que facilitam sua aplicação:

  • Diagnóstico da empresa (interno e externo);

  • Definição de objetivos de longo prazo;

  • Elaboração das estratégias e planos de ação;

  • Criação de indicadores de desempenho (KPIs);

  • Execução acompanhada por ciclos de revisão e ajustes.


Um bom planejamento também permite que a empresa antecipe mudanças de mercado e se adapte mais rapidamente, o que é essencial para manter a margem de lucro em tempos de incerteza. A pandemia de COVID-19 deixou claro que organizações com visão estratégica ajustada conseguiram pivotar seus modelos de negócio com mais agilidade, mantendo-se lucrativas mesmo em cenários adversos. Um levantamento feito pelo Sebrae em 2021 apontou que pequenas empresas com planejamento estruturado tiveram uma taxa de sobrevivência 60% maior durante a crise sanitária do que aquelas que operavam de forma reativa. 


Grafico com medidas tomadas por empresas durante a pandemia
Imagem | Reprodução Economia G1

E o oposto também é verdadeiro: a ausência de um planejamento estratégico pode levar empresas à falência, mesmo quando elas estão no auge do mercado. Um dos exemplos mais emblemáticos é o caso da Kodak. Líder mundial no setor de fotografia por décadas, a empresa ignorou os sinais de mudança no comportamento do consumidor e o avanço da fotografia digital. Apesar de ter desenvolvido a primeira câmera digital ainda nos anos 1970, a Kodak optou por proteger seu modelo de negócios tradicional baseado em filmes, em vez de se adaptar a tempo. Resultado: perdeu relevância, mercado e foi à falência em 2012. Esse “efeito Kodak” virou sinônimo de empresas que falham por não antecipar tendências nem rever suas estratégias a tempo.


O que faltou à Kodak não foi tecnologia, mas estratégia. Um bom planejamento estratégico teria permitido a reavaliação periódica do cenário, o reposicionamento de produtos e a realocação de investimentos. O caso serve de alerta para empresas de todos os portes: resistir à mudança ou confiar demais no sucesso atual, sem olhar para frente, é um erro caro. Em mercados dinâmicos, lucrar de forma consistente exige estratégia viva, revisada e conectada à realidade externa.


A rentabilidade também melhora quando a empresa consegue definir nichos de mercado mais promissores e posicionar sua proposta de valor de forma clara. O planejamento estratégico oferece ferramentas para isso, como a análise SWOT, a matriz BCG e a definição do posicionamento estratégico. Ao compreender melhor seu público, seus concorrentes e suas competências, a empresa reduz o custo de aquisição de clientes e aumenta o ticket médio. Segundo a Bain & Company, empresas que dominam a estratégia de foco e diferenciação conseguem gerar margens de lucro até 50% maiores do que aquelas que adotam estratégias genéricas.


Outro efeito prático e altamente lucrativo do planejamento estratégico é o estímulo à inovação com propósito. Inovar sem um objetivo claro pode ser arriscado e caro, mas inovar com base em uma estratégia clara gera diferenciação e valor real. Olhando para o panorama de dados que trouxemos nessa matéria, fica fácil entender também que, em um mercado onde os concorrentes não se planejam, ter uma rota clara coloca o seu negócio no topo e te garante mais chances de crescer acima da média do mercado. Isso porque os recursos destinados à inovação são aplicados com foco em resultados e alinhamento ao plano de crescimento da empresa, e não em apostas dispersas.


A performance financeira também se beneficia da previsibilidade que o planejamento proporciona. Com metas bem traçadas, o controle de receitas e despesas se torna mais rigoroso, e o planejamento orçamentário passa a ser uma ferramenta de geração de caixa. Organizações que adotam ciclos estratégicos trimestrais ou semestrais conseguem revisar metas com mais frequência, corrigir desvios rapidamente e manter o foco na lucratividade mesmo em ciclos de baixa. Um bom exemplo disso é o modelo de OKRs (Objectives and Key Results ou Objetivos e resultados-chave), amplamente utilizado por empresas gigantescas como Google e Nubank, que permite ajustes ágeis no rumo da estratégia, sempre com métricas claras e mensuráveis.


Por fim, o planejamento estratégico favorece uma cultura de responsabilidade e foco em resultados. Quando os líderes e equipes compartilham uma visão de futuro e compreendem como suas ações impactam os indicadores financeiros, o senso de propósito dos funcionários se fortalece. A consequência é uma maior disciplina na execução, melhoria contínua dos processos e maior engajamento com os objetivos da empresa. Esse alinhamento entre cultura e estratégia é um dos fatores que mais influenciam a sustentabilidade da rentabilidade no longo prazo.


Em resumo, o planejamento estratégico é muito mais do que um documento corporativo: é um motor de geração de valor. Ele reduz desperdícios, melhora o uso de recursos, orienta a inovação, fortalece o posicionamento e conecta a rotina operacional com os resultados financeiros desejados. Empresas que investem tempo e método para pensar estrategicamente não apenas sobrevivem — elas crescem com mais consistência e lucratividade. Em tempos em que cada real investido precisa gerar retorno, planejar é uma das formas mais inteligentes de proteger e expandir o caixa.


Se você quer transformar estratégia em rentabilidade real, a ALMA pode ajudar. Com experiência análise de mercados e reformulação de estratégias de negócios, guiamos sua empresa por um processo claro, colaborativo e voltado para resultados concretos. Fale com a gente por aqui e vem construir seu futuro conosco!

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