Pesquisas de mercado: Como escolher as fontes e indicadores mais confiáveis para o seu negócio?
- ALMA Negócios
- 19 de mai.
- 4 min de leitura

Tomar decisões baseadas em achismos pode ser fatal para a rentabilidade e o crescimento sustentável de qualquer negócio. Em um cenário competitivo, a pesquisa de mercado não é mais uma ferramenta opcional, é uma necessidade estratégica. Mas entre tantos dados disponíveis, como saber quais informações realmente são confiáveis? E mais: quais indicadores devem ser levados em conta para orientar decisões de marketing, vendas, desenvolvimento de produto e expansão?
A resposta está na combinação de método, critério e inteligência na escolha das fontes e indicadores. Pesquisas de mercado bem conduzidas ajudam empresas a entender comportamentos, identificar tendências e antecipar movimentos dos concorrentes e dos consumidores. Não é atoa que, segundo dados divulgados pelo site Nosso Meio, pouco mais de 70% das empresas brasileiras reconhecem a importância do uso intensivo de dados nas para suas estratégias de marketing e comerciais.
Mas nem todos os dados são iguais, e a era digital trouxe uma abundância de informações e também de ruídos. Notícias falsas e informações distorcidas, por exemplo, circulam seis vezes mais rápido que dados verificados segundo dados levantados pelo MIT, ou seja, não dá para simplesmente sair pela internet fazendo sua pesquisa e analisando dados de forma autônoma, afinal, informações erradas podem ser até mais prejudiciais do que agir sem pesquisa.
Por isso, o primeiro passo é compreender que confiabilidade é uma característica construída a partir de três pilares: credibilidade da fonte, método de coleta e atualidade do dado. Conforme o gráfico abaixo indica, segundo uma pesquisa do Snaq divulgada em 2024, a quantidade massiva de notícias falsas no Brasil especificamente acabou criando uma geração de usuários que não conseguem separar o verdadeiro do falso, então o cuidado precisa ser redobrado.

Dados públicos, como os do IBGE, Sebrae, Ipea e DataSUS, por exemplo, são fontes amplamente reconhecidas no Brasil por sua metodologia robusta e transparência. Já no ambiente digital, ferramentas como Google Trends, Statista, Think With Google, Nielsen e reports de consultorias como McKinsey, PwC e Deloitte oferecem dados com alto grau de confiabilidade, desde que sejam lidos com critério e aplicados corretamente ao contexto do negócio.
Na prática, para escolher boas fontes e indicadores, é importante observar:
Origem do dado: a instituição é reconhecida? Possui metodologia divulgada? É neutra ou possui interesses comerciais?
Data da publicação: dados antigos podem distorcer decisões atuais. Prefira sempre os mais recentes.
Abrangência e recorte: o dado representa o Brasil, a região ou um setor específico? O recorte é compatível com o seu público-alvo?
Tipo de indicador: é qualitativo (opinião, percepção) ou quantitativo (volume, frequência, crescimento)? Ambos são importantes, mas devem ser usados conforme o objetivo da análise.
Forma de aplicação: como o dado será transformado em ação prática? Ele apoia uma decisão de produto, de precificação, de marketing ou de expansão?
Além disso, é preciso definir quais indicadores realmente importam para o negócio. Não adianta acumular dashboards e planilhas se os números não estão ligados a decisões práticas. Um erro comum em pequenas e médias empresas é focar apenas em métricas de vaidade (como número de seguidores ou visitas ao site) sem entender o comportamento do consumidor ou o potencial de mercado real. A escolha correta de indicadores deve sempre estar conectada aos objetivos estratégicos da empresa.
Entre os principais indicadores estratégicos derivados de boas pesquisas de mercado, estão:
Tamanho de mercado (TAM, SAM, SOM): estimativa do potencial de receita em diferentes recortes.
Participação de mercado (market share): mede sua fatia frente à concorrência.
Índice de satisfação do cliente (NPS, CSAT): monitora a percepção e fidelidade do público.
Custo de aquisição de cliente (CAC) e lifetime value (LTV): essenciais para avaliar rentabilidade.
Tendências de comportamento: identificação de hábitos de consumo e mudanças de expectativa.
Benchmark de concorrentes: comparação de preços, canais, diferenciais e posicionamento.
Elasticidade de preço: sensibilidade do consumidor a mudanças de valores.
Intenção de compra: mede o quanto o público está propenso a adquirir determinado produto ou serviço.
Outro ponto essencial é o cruzamento entre dados secundários (já publicados) e dados primários (coletados pela própria empresa). Pesquisas próprias como entrevistas com clientes, questionários online e análise de feedback enriquecem o repertório estratégico e geram insights sob medida. Esse equilíbrio entre dados primários e secundários é o que garante uma melhor visão sobre os consumidores que você já tem e os que ainda pode ter.
Mas, para que a informação se torne ação, é preciso interpretar os dados corretamente. Muitas vezes, o empresário ou gestor até tem acesso a pesquisas, mas não sabe extrair conclusões estratégicas delas. É nesse ponto que o apoio de especialistas, consultores ou metodologias aplicadas faz toda a diferença. A análise de dados deve responder a perguntas práticas, como: qual segmento é mais lucrativo? Qual canal de venda converte melhor? Quais atributos do meu produto são mais valorizados?
Em um mercado em que a margem de erro custa caro, escolher as fontes e os indicadores certos é uma vantagem competitiva. A boa pesquisa de mercado não é aquela que mostra números bonitos, mas a que revela oportunidades, riscos e caminhos de crescimento. Em vez de navegar no escuro, empresas que dominam o uso de dados confiáveis conseguem tomar decisões com clareza, reduzir riscos e aumentar seu retorno sobre investimento.
Se a sua empresa quer usar dados para crescer com segurança, a ALMA pode ajudar. Se você chegou até aqui, provavelmente já tem uma dimensão do quanto é importante ter firmeza e propósito ao fazer uma pesquisa, e nisso podemos te ajudar com metodologias práticas e apoio especializado, desenvolvemos diagnósticos e pesquisas personalizadas que conectam informação à estratégia, com foco total em resultados.
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