Onboarding de Colaboradores: Como Estruturar um Processo que Retém Talentos e Acelera ResultadosPor que o onboarding é mais importante do que parece?
- ALMA Negócios

- 27 de nov.
- 3 min de leitura

O primeiro dia de trabalho de um colaborador é também o primeiro dia do seu ciclo de performance. Ainda assim, muitas empresas tratam o onboarding como uma simples apresentação institucional. Resultado: colaboradores desmotivados, alta rotatividade e metas comprometidas.
Segundo dados da Gallup, apenas 12% dos profissionais consideram que suas empresas fazem um bom trabalho no processo de onboarding. Isso revela uma lacuna que, quando preenchida, se transforma em diferencial competitivo.
Neste artigo, você vai entender como estruturar um onboarding que vai muito além do "seja bem-vindo" e passa a ser uma estratégia concreta de cultura, engajamento e produtividade.
O que é o onboarding (e o que ele não é)
Onboarding é o processo estruturado de integração de novos colaboradores, que visa acelerar sua adaptação, engajamento e entrega de resultados. Ele abrange desde os primeiros contatos antes do dia 1 até os 90 dias iniciais de experiência.
Não é onboarding:
Enviar um manual genérico por e-mail.
Apresentar os setores em 20 minutos e soltar o colaborador para "se virar".
Esperar que cultura se aprenda por osmose.
Um bom onboarding reduz a curva de aprendizagem, melhora a experiência do novo colaborador e consolida a cultura da empresa desde o início.
Os 4 ciclos de um onboarding bem estruturado
Com base na estrutura tática e estratégica analisada, o onboarding pode ser dividido em 4 fases principais:
1. Pré-Onboarding (antes do primeiro dia)
Objetivo: criar uma experiência de acolhimento e preparação antes do início oficial.
Ações essenciais:
Criação de acessos e ferramentas corporativas.
E-mail de boas-vindas e cartilha de onboarding.
Inclusão em grupos de comunicação internos.
Planejamento conjunto dos 90 dias iniciais (PA).
Responsáveis: RH + Gestor direto
2. Integração Inicial (0 a 30 dias)
Objetivo: promover alinhamento de cultura, processos e função.
Ações essenciais:
Reunião de boas-vindas com RH e Gestor.
Treinamentos obrigatórios.
Reuniões 1:1 com pares e liderança.
Imersão nos processos da área.
Acompanhamento do plano de ação (PA).
Responsáveis: RH + Gestor + Colaborador
3. Consolidação de Funções (31 a 60 dias)
Objetivo: garantir autonomia operacional com feedbacks frequentes.
Ações essenciais:
Participação ativa nos processos da área.
Treinamentos adicionais.
Reuniões 1:1 para alinhamento de desafios.
Avaliação dos primeiros 60 dias.
Responsáveis: Gestor + Colaborador
4. Avaliação e Planejamento Futuro (61 a 90 dias)
Objetivo: formalizar a integração, identificar aprendizados e definir próximos passos.
Ações essenciais:
Pesquisa de clima organizacional.
Reunião final de fechamento do onboarding.
Definição do PDI (Plano de Desenvolvimento Individual).
Feedback estruturado sobre o processo.
Responsáveis: RH + Gestor + Colaborador
Como evitar os principais erros de onboarding
Falta de planejamento: onboarding não pode ser improvisado.
Gestor ausente: é papel da liderança conduzir o processo junto ao RH.
Cultura genérica: valores precisam ser vivenciados, não apenas lidos.
Não mensurar resultados: sem indicadores, não há como melhorar.
Checklist prático para aplicar na sua empresa
Crie um cronograma de onboarding por papel e por área.
Envolva os gestores e líderes de forma ativa no processo.
Estabeleça momentos formais de feedback nos 30, 60 e 90 dias.
Utilize indicadores de sucesso: NPS interno, tempo até a primeira entrega, clima e aderência cultural.
Documente e revise o processo a cada semestre.
Como medir o sucesso do onboarding
Uma forma objetiva de mensurar a eficácia do onboarding é aplicar a seguinte pergunta-chave ao colaborador no primeiro e no último dia do processo:
"Quão preparado(a) e confiante você se sente para exercer sua função?"(Escala de 0 a 10, sendo 0 = Nada preparado(a)/confiante, e 10 = Totalmente preparado(a)/confiante)
Interpretação das notas finais:
Nota Final | Interpretação |
9–10 | Onboarding altamente eficaz |
7–8 | Onboarding funcional, com ajustes pontuais |
5–6 | Onboarding fraco, precisa melhorias |
< 5 | Onboarding falhou em preparar o colaborador |
Essa pergunta simples ajuda a comparar a percepção de preparo antes e depois da integração, oferecendo um KPI qualitativo valioso.

Onboarding é uma ponte entre a promessária feita no recrutamento e a realidade da cultura organizacional. Feita com seriedade, essa etapa transforma novos talentos em protagonistas.
Se você quer estruturar um processo de onboarding que reflita a identidade da sua empresa e acelere a performance desde o primeiro dia, fale com a ALMA. Podemos te ajudar a tornar cada nova contratação uma alavanca de crescimento.





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