Atualizado: 24 de out. de 2023
O maior erro ao planejar o crescimento de um negócio, ou até mesmo o lançamento de um novo negócio, é não considerar que existem 3 esferas para um planejamento de sucesso:
Curto prazo/ Modelo atual/ Horizonte 1
Médio prazo/ Zona de transição/ Horizonte 2
Longo prazo/ Modelo futuro/ Horizonte 3
(Imagem: Esquema ALMA Negócios)
Esse diagrama foi criado pela consultoria McKinsey & Company e desenvolvida em uma livro chamado "A Alquimia do Crescimento", de 1999. Para tal foi feita uma pesquisa em 4 continentes, contando com as 30 empresas que mais cresciam no mundo, espalhadas por 10 países.
Aqui vamos falar sobre isso com foco na prática. Primeiro falando sobre análise e depois sobre planejamento.
Entendendo um pouco mais sobre os três horizontes de inovação
A maioria dos negócios acaba focando somente no curto prazo (Horizonte 1) ou no longo prazo (Horizonte 3)...
Se a gente só coloca energia no curto prazo, como vamos nos preparar para dar voos maiores ou reagir às mudanças do mercado para realmente crescer e não só sobreviver?
Da mesma maneira, se só colocamos energia no longo prazo, como vamos garantir que vamos sobreviver até chegar naquele nos resultados que vislumbramos?
Aqui trago mais um questionamento que a maioria não faz: E como é que eu faço para sair da rotina de entregas frenéticas e apagar incêndios para chegar no negócio de sucesso que eu vejo no longo prazo?
Aqui já temos um bom resumo das dúvidas essenciais a serem respondidas por esse método e como isso pode ajudar a otimizar seu negócio, sobreviver crises, aproveitar oportunidades únicas e se tornar uma referência no seu mercado.
"E agora... como eu faço isso na prática??"
Sozinho esse diagrama não resolve nada. Ele nos traz direcionamento para um planejamento estratégico que deve ser desdobrado nos 3 horizontes.
Pensa aqui comigo, será que:
Se eu montar um plano operacional para garantir a entrega feita com qualidade, com as ferramentas e pessoas certas, trazendo melhoria contínua, eu não posso garantir que o 1º Horizonte dure mais tempo e seu impacto no meu resultado seja menor?
Se eu criar um planejamento tático que traga novos produtos, serviços, processos, tecnologias e modelos organizacionais para o meu negócio eu não posso gerar novas fontes de receita e reduzir custos e garantindo a sobrevivência dele no 2º Horizonte?
Se eu desenvolver um planejamento estratégico, definindo onde quero chegar em um 3º horizonte, as mudanças necessárias no meu negócio para chegar lá e construir uma linha do tempo em que gradualmente essas mudanças sejam feitas não posso levar meu negócio rumo a um novo modelo com maior margem de crescimento?
Mas só com questionamentos e teorias não vamos chegar a nada. Então agora vamos para a prática em 3 etapas, que são os três horizontes de inovação:
Horizonte 1: Planejamento de curto prazo;
Horizonte 2: Melhoria contínua e modernização;
Horizonte 3: Desenvolvendo novos modelos e/ou negócios.
Planejamento de curto prazo (Horizonte 1)
O foco principal desse primeiro horizonte é aprimorar o que já está funcionando para otimizar resultados, mas principalmente para RETARDAR a queda nos resultados. Essa é inevitável nas soluções que se encontram neste horizonte.
Para deixar claro como devemos lidar com esse planejamento de curto prazo buscando esses resultado, listamos ações essenciais a serem desenvolvidas:
Definição dos KPI's (Key Process Indicators) para monitorar seus resultados;
Desenho das metas por área, buscando o crescimento;
Planejamento de ações das áreas da empresa;
Melhorias incrementais para alcançar resultados com menos esforço;
Inovação de core, com foco em buscar mais resultados com menos custos.
Para fazer esse desenvolvimento recomendamos metodologias ágeis de desenvolvimento, como o SCRUM e Kanban.
Melhoria Contínua (Horizonte 2)
Aqui focamos em gerar novos produtos e/ou negócios com base no que já fazemos, de maneira a criar um elo entre curto e longo prazo, garantindo a sobrevivência do negócio entre essas fases.
Para que isso aconteça, temos algumas ações importantes e que trazer um planejamento mais amplo:
Definição dos Objetivos estratégicos compromissados;
Construção dos KR's (Key Results) destes objetivos;
Estruturação do processo/setor de Customer Success;
Lançamento de novos produtos que gerem aumento de receitas;
Inovações adjacente, trazendo novas rendas a partir de outros mercados.
Para fazer esse desenvolvimento recomendamos metodologias ágeis de desenvolvimento, como o PDCA, Kaizen e Pipeline de Inovação.
Desenvolvendo novos modelos e/ou negócios (Horizonte 3)
Esse aqui é o terreno da experimentação, onde estamos projetando e desenvolvendo novos negócios para o futuro, de forma a que no longo prazo tenhamos novos negócios que vão ser os sucessores do seu negócio atual em um novo mercado.
O normal é que esses sucessores sejam novas empresas de novas pessoas, pois aquele que dominaram o mercado no passado não focaram nessa criação e nem na transição.
Para evitar isso, algumas soluções foram listadas, com foco em direcionar esses esforços já com antecedência:
Definição dos OKR's (Objetives and Key Results) esticados;
Idealizar um Sonho Grande, que nos impulsione para onde ninguém antes chegou;
Estruturação do processo/setor de growth;
Lançamento de novos negócios, com modelos altamente escaláveis;
Inovação distuptiva, gerando lucros maiores com a criação de novos negócios.
Para fazer esse desenvolvimento recomendamos metodologias ágeis de desenvolvimento, como o OKR e Customer Development.
Como você pode ver, inovar não é ter boas ideias, montar uma startup, conquistar investidores e lançar apps.
Inovar é resultado de um processo direcionado em diferentes níveis, com a conexão de diversos métodos, buscando trabalhar inteligentemente com foco no resultado e não no esforço.
- Vai ter gente que vai dar sorte? Vai!
- Você quer deixar o rumo da sua vida ser decidido pela sorte? A decisão é sua.
Para saber mais sobre os métodos trazidos aqui, leia outros dos nossos artigos e se mantenha atento para novos conteúdos que vamos trazer especialmente para você.
Atualizado: 15 de set. de 2021
Conheça o método simples e muito eficiente que foi basilar na consolidação da Google como uma gigante da tecnologia, e ainda vem sendo implementado nas mais diversas empresas do mundo.
Fonte: Produção Autoral
O que é OKR?
Hoje em dia, com a nova dinâmica de mercado que ascende, cada vez mais acelerada e competitiva, algumas ações se tornam essenciais para o sucesso de uma empresa. Dentre elas, podemos destacar o planejamento estratégico como um pilar na consolidação de um negócio.
Segundo dados do Sebrae, colocando no contexto de PMEs (Pequenas e Médias Empresas), a falta de gestão estratégica é entendida como um dos principais motivos de falência no Brasil. Mas e o que significa um bom planejamento estratégico, na prática?
Para que uma empresa possa ter seu crescimento de maneira sustentável, é importante que todo membro da equipe tenha claro a resposta de duas questões:
Quais são as prioridades da empresa hoje?
O que estou fazendo para contribuir com a realização desses objetivos?
Depois da criação de várias técnicas motivadas a responder essas perguntas, pelas principais empresas no mundo, ganhou destaque no início do século XXI as dinâmicas que dependiam de menos sistematização e uma estratégia mais enxuta. Com objetivo de clarear os objetivos da empresa, de maneira simples e eficiente, surgiu o sistema OKR.
OKR, sigla para Objectives and Key Results, é um método popularizado por por John Doerr após seu incrível sucesso na Google – apoiando o crescimento de uma empresa com 40 funcionários, na época, para mais de 60.000 hoje - e define a seguinte fórmula para estabelecer metas:
Eu vou _______ medido por ________.
Assim, temos duas etapas:
Objetivos (O): declaração concisa da direção desejada pela empresa.
Resultados-chave (KR): metas com impacto direto no atingimento do objetivo.
Dessa forma, os OKR são entendidos como uma ferramenta de gestão muito eficiente, já que auxiliam no alinhamento dos esforços da equipe em torno de um objetivo em comum e, sobretudo, desafiador.
Como implementar?
A implementação de OKRs, pela própria proposta do método, deve ser simples e clara. Entretanto, ainda deve ser feita de forma estratégica e com certos padrões.
Enquanto o objetivo é qualitativo, os resultados-chave são quantitativos. Então, objetivos devem ser concisos e claros, para estarem sempre na cabeça dos colaboradores, e os resultados devem ser utilizados para indicar se o objetivo foi atingido até o final de um dado período.
Abaixo temos um exemplo de uma organização no modelo OKR, com foco na experiência do cliente:
Fonte: Produção Autoral
Execução e Acompanhamento
Essa pode ser considerada a parte mais importante do processo, já que de nada adianta planejar e não tirar do papel. O acompanhamento de metas é um bom meio para obter informações do processo e entender se anda conforme o planejado.
Uma forma muito eficiente na execução da metodologia é a implementação de cerimônias, durante o trimestre, para apresentação de resultados e definição das metas. Esses encontros são conhecidos popularmente como OKRs estratégicos, e possibilitam uma maior integração da equipe com o projeto.
Após a implementação do processo, resultados satisfatórios começam a surgir naturalmente. Os efeitos positivos, entretanto, não vêm apenas do cumprimento de key results: também vêm da melhoria nos processos internos, como relatórios semanais e o planejamento trimestral de OKRs, escritas mais objetivas no intuito de potencializar o foco e, principalmente, os aprendizados e a correção de erros.
Esperamos que esse conteúdo tenha te ajudado a entender o que é o método OKR e como definir metas e acompanhar resultados ao utiliza-lo. Se ficar com dúvidas, não hesite em deixar um comentário e vamos conversar! Suce$$o