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Atualizado: 24 de out de 2023

Falar de inovação é comum, já há muitos anos. A pandemia de Covid-19, que alterou padrões e tendências em todos os mercados, tornou o termo ainda mais frequente no dia a dia dos empreendedores, de todas as características e tamanhos. Muitos deles não querem mais ouvir falar disso, principalmente aqueles que não têm reservas para fazer grandes investimentos.

Todos sabem que empresas passaram por sérias dificuldades ao longo dos últimos dois anos, muitas quebraram (principalmente as pequenas), outras sobreviveram por um fio, mas ainda assim podemos citar numerosos exemplos de negócios que tiveram grande crescimento ao longo da pandemia. Pesquisa realizada pelo SEBRAE, ainda no final de 2020, apontou que 11% dos pequenos negócios brasileiros tiveram crescimento no faturamento em comparação à 2019. Parte destes tiveram seu modelo de negócio favorecido devido ao isolamento social, que manteve as pessoas em suas casas, já outros conseguiram traçar estratégias adaptativas que levassem sua empresa a patamares elevados, deixando para trás concorrentes que não tiveram a mesma flexibilidade. Prova disso é que, segundo a mesma pesquisa, 27% dos empreendedores consideraram que a pandemia trouxe mudanças valiosas para seus negócios.



imagem mostrando uma seta subindo degraus

(Foto: unsplash.com | Reprodução)


Será que estes vitoriosos fizeram grandes investimentos para atingir tal sucesso? A maioria das pequenas e médias empresas não possui recursos para isso. No entanto, a Salesforce, empresa especializada em sotfwares de vendas, realizou uma pesquisa com PME’s (pequenas e médias empresas) do mundo inteiro, em relação ao período de pandemia, que traz reflexões importantes. Alguns dados apresentados:

  • 50% das PME’s em crescimento ofereceram programas de trabalho flexíveis, contra 38% entre as empresas em declínio ou estagnadas;

  • 72% das PME’s em crescimento estão no comércio eletrônico, e 35% entraram adotaram tal prática em 2021;

  • 71% das PME’s afirmam que sobreviveram à pandemia por meio da digitalização;

  • 95% das PME’s em crescimento investiram em proteção de dados;

  • 77% das PME’s em crescimento trabalham com planos de possíveis cenários de crise.


A primeira constatação que fazemos é que houve, de fato, PME’s que cresceram ao longo da pandemia. Também, que a introdução de novas práticas, diferentes do que estamos habituados no meio empresarial tradicional, foram diferenciais que permitiram a essas empresas terem resultados positivos. Estamos falando de inovação.

Pequenas e médias empresas, que em maioria não possuem grande capacidade de investimento, agregaram inovações para ter bons resultados ao longo da pandemia. Você acha isso contraditório?


gif do meme "i don't believe you"

(Foto: Giphy | Reprodução)


Se sim, preste atenção nessa leitura. Ela vai te mostrar que você está errado, mas também vai te ajudar a fazer com que sua empresa seja mais um exemplo de sucesso, como as que fizeram parte da pesquisa da Salesforce.

Para entender como inovar na sua empresa, é importante partirmos dos conceitos de inovação. Mudanças ainda não testadas - ou mesmo pouco testadas - no seu mercado, e que tragam resultado ($$$), podem ser chamadas de inovação. O Manual de Oslo, principal fonte internacional de diretrizes relacionadas a atividades inovadoras, define quatro tipos de inovação:

  • Produto: trata-se de mudanças diretas em características do serviço/produto que é entregue ao consumidor;

  • Processos: alterações realizadas no processo de produção que trazem maior produtividade;

  • Organizacional: mudanças estruturais relacionadas à local de trabalho e cultura;

  • Marketing: inovações frente às estratégias de promoção, posicionamento, preço, praça... (lembre dos 4P’s do marketing).

É importante ressaltar que inovações não se classificam estritamente em cada um destes tipos. Afinal, o produto é considerado uma parte do marketing, assim como, mudanças em processos exigem, muitas vezes, novos comportamentos organizacionais.

Programas de trabalho flexíveis, comércio eletrônico, digitalização de processos, todas práticas citadas na pesquisa da Salesforce, se encaixam facilmente dentro destas classificações. Não é necessário investir em um produto superdotado de tecnologia para ter lucros a partir de uma inovação. Algumas mudanças, como o trabalho remoto, proporcionam até mesmo diminuição de custos para a empresa.


imagem mostrando uma reunião virtual

(Foto: istock.com | Reprodução)


Agora você já sabe que é possível inovar, mesmo sem ter grande capacidade de investimento. Mas como saber quais são as inovações que você pode botar em prática a partir de agora? É preciso estar atento às mudanças nas condições que o mercado proporciona; a cada ano, mês, semana ou dia as perspectivas não são mais as mesmas. Ainda assim, olhando para o cenário que se desenha desde o início da pandemia, conseguimos saber quais são as principais tendências que devem direcionar inovações em 2022.

A palavra que exige maior atenção dadas as mudanças trazidas pela pandemia - e que vem para ficar – é comodidade. O consumidor procura facilidade para obter seus produtos e serviços na sua própria casa, poupando o máximo de tempo possível. Inúmeras estratégias foram vistas nos negócios para se adaptar a estas condições: e-commerce, clubes de assinatura, aplicativos, até mesmo o delivery, que já era muito comum, virou exigência básica para vários segmentos de mercado. Se sua empresa ainda não desenvolveu estratégias visando trazer maior comodidade ao consumidor, corra para tirar o atraso. No nosso conteúdo Tendências que o seu negócio deve adotar em 2022 te damos um direcionamento em relação ao tema.


gif de uma mulher com a frase "soy muy dura para salir de mi zona de confort"

(Foto: Giphy | Reprodução)


As principais tendências relacionadas à comodidade, para 2022, falam dos colaboradores. A pandemia nos mostrou que muitos modelos de negócios podem manter seus colaboradores trabalhando em suas próprias casas, sem que haja perda de produtividade, pelo contrário, em alguns casos a produtividade até aumenta. Trabalhar com modelos remotos ou híbridos se tornou algo necessário para atrair e manter bons colaboradores na sua empresa.

No entanto, tal modelo de trabalho também traz alguns prejuízos quando comparado ao modelo presencial tradicional, o contato com os demais colaboradores é importante para desenvolver soluções com mais agilidade. Por isso, ferramentas que busquem trazer mais interatividade aos funcionários trabalhando remotamente serão muito faladas neste ano. O “metaverso”, do Facebook, promete trazer revoluções nesta linha, porém há opções bem mais simples e com preços mais acessíveis que sua empresa pode buscar enquanto a novidade não chega no Brasil. Ferramentas como o Gather trazem evoluções em relação a isso.

A introdução de ferramentas e sistemas também é fundamental quando falamos de automação de processos. Em um nível mais avançado, a hiperautomação também é tendência para 2022. Reduzir o tempo gasto com tarefas manuais, repetitivas e operacionais permite às empresas extrair o máximo de seus colaboradores, os recursos digitais auxiliam a colocar as pessoas como verdadeiro foco do negócio. Algumas ferramentas que nós utilizamos e você também pode encaixar no seu negócio:

  • Keruak: SAAS de gerenciamento financeiro, indicado para empresas que precisam estruturar melhor seu financeiro;

  • Pipedrive: CRM indicado para qualquer empresa que possui processo comercial estruturado em etapas, útil para empresas de qualquer tamanho;

  • Lead Lovers: Trabalha com todas as funcionalidades do marketing digital, como criação de landing pages e e-mail marketing, indicado para qualquer empresa;

  • Monday: Software com diferentes tipos de visualizações que permite gerenciamento de tarefas, áreas da empresa, dentre outros; possui planos para empresas de todos os tamanhos.


Além disso, a automação de processos de atendimento e pagamento, com bots, chatbots e meios de pagamento digital (voltando ao foco no cliente), já é prática básica em diversos segmentos.

A introdução de cada vez mais novas tecnologias também nos traz a necessidade de falar sobre segurança de dados, assunto que vem sendo muito debatido por governos e grandes multinacionais do meio tecnológico, como Facebook e Google. Investir em segurança de dados, tanto para dados internos quanto dos consumidores, não é só uma estratégia, mas sim uma necessidade.


imagem de um sistema

(Foto: Unsplash.com | Reprodução)


Em outra frente, quando falamos do marketing, a pandemia e as novas tecnologias também impulsionam os poderes das redes sociais. Parcerias com influenciadores também já são práticas comuns, mas é importante saber que os “nanoinfluenciadores”, aqueles com menos de cinco mil seguidores, apresentam maior efetividade junto ao público, fato já conhecido entre os profissionais de marketing. A viralização do TikTok, com o modelo de vídeos curtos que também chegou no Instagram, é uma oportunidade para que empresas invistam nesse tipo de conteúdo.

Agora você deve olhar para todas essas informações e entender como o seu modelo de negócio se encaixa dentro deste contexto. É importante lembrar que cada negócio e segmento têm suas particularidades, então você precisa compreender seu mercado e seu negócio para de fato gerar resultado a partir destas oportunidades.

Se precisa de uma ajuda para botar tudo isso em prática na sua empresa, a ALMA Negócios tem serviços que vão guiar a sua transformação. Fale conosco!





REFERÊNCIAS:

Manual de OSLO.

Covid-19 e Pequenos Negócios: impactos e tendências, 29ª edição (SEBRAE)

Tendências de Pequenas e Médias Empresas (Salesforce).


 
  • 28 de jan de 2022
  • 5 min de leitura

Gerenciar um negócio requer muito conhecimento e capacidade de adaptação para enfrentar os desafios. Assim, sempre é bom ter na manga alguns livros para auxiliar e servirem de inspiração para você gerenciar e conseguir fazer o seu negócio atingir os objetivos.


Nesse texto, separamos 4 livros que irão te fornecer dicas e insights para que você consiga inovar na sua empresa e alavancar o seu negócio em 2022.


Então, bora para as dicas de livros?



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(Fonte: Giphy | Reprodução)




1 - Moneyball: O Homem que Mudou o Jogo – Michael Lewis



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Sobre o livro: O mundo dos esportes leva à loucura milhares de fãs que acompanham de perto cada partida, aflitos com as possibilidades criadas pelo acaso. Mas um homem se recusou a aceitar a suposta aleatoriedade de uma das maiores paixões dos americanos: o beisebol.


Como gerente geral de um dos times de menor orçamento da grande liga, Billy Beane impôs uma gestão mais racional, uma nova perspectiva sobre o beisebol, e usou um alto conhecimento em matemática para determinar o modo de jogar e selecionar os atletas contratados pela equipe. Moneyball é a saga em busca do segredo do sucesso do Oakland Athletics sob seu comando.


Numa narrativa repleta de personagens fascinantes e questionamentos inteligentes, Michael Lewis mostra a luta de um administrador para levar seu empreendimento à máxima performance pelo menor custo, e impor racionalidade num universo dominado por favorecimentos, desperdício e vícios. É a história de superação de um time medíocre e a biografia de um homem que se destacou num dos negócios mais ferozes e competitivos dos Estados Unidos.




2 - O Jogo Infinito – Simon Sinek


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Sinopse: Como vencer um jogo que não tem fim? De acordo com o professor James P. Carse, jogos finitos têm participantes conhecidos, regras fixas e um objetivo claro que, ao ser alcançado, encerra o jogo. Nele, vencedores e perdedores são facilmente identificados, como numa partida de futebol ou de xadrez.


Em jogos infinitos - como os negócios, a política e até a própria vida -, os participantes estão sempre mudando e as regras não são precisas. Não existem vencedores e perdedores. Não há como ter 'negócios vitoriosos' ou como 'vencer na vida', por exemplo.

Quanto mais eu entendia a diferença entre os dois tipos de jogos, mais via jogos infinitos ao nosso redor. Percebi que grande parte das dificuldades que as empresas enfrentam existe simplesmente porque seus líderes estão participando de um jogo infinito com uma mentalidade finita. Elas costumam deixar a desejar em termos de inovação, ética e esforço incondicional, o que acaba afetando seu desempenho a longo prazo.


Por outro lado, líderes que abraçam a mentalidade infinita têm empresas mais fortes, inovadoras e inspiradoras. Seus funcionários confiam uns nos outros e em seus superiores. Eles têm a resiliência necessária para prosperar em um mundo em constante mutação como o nosso, enquanto seus concorrentes caem no esquecimento. E são essas as pessoas que nos guiarão em direção ao futuro."



3 - Gestão de Alta performance: Tudo o que um gestor precisa saber para gerenciar equipes e manter o foco em resultados – Andrew S. Grove


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Sinopse: Considerado um clássico entre os livros de negócios e obra de cabeceira de importantes líderes da atualidade, Gestão de alta performance ensina tudo o que um gestor precisa saber sobre como criar e sustentar uma empresa de alto rendimento.


Escrito pelo lendário Andrew Grove, que por mais de trinta anos atuou na Intel, tanto como CEO quanto como presidente do conselho, o livro é um guia prático que traz lições atemporais para gestores de todas as áreas, inclusive para CEOs e fundadores de startups. Com seu estilo único e direto, Grove cria analogias simples para explicar conceitos complexos, comparando, por exemplo, a gestão de uma empresa com o gerenciamento de uma fábrica de café da manhã, ou o desempenho de um funcionário com o desempenho de atletas, compondo um livro repleto de experiências que efetivamente podem ajudar os gestores em todos os seus desafios diários.


Entre os assuntos abordados estão: quais indicadores devem ser usados para aumentar a eficiência de sua empresa; como manter o foco constante no resultado (ou output); como fazer com que subordinados se transformem em membros de equipes altamente produtivas; a importância da motivação e do treinamento dos colaboradores (segundo ele, se você não treina seu pessoal, está negligenciando metade de seu trabalho como gestor).Como diz o próprio Grove, a frase mais importante deste livro é: O resultado de um gestor é o resultado das unidades organizacionais sob sua supervisão ou influência. Ou seja, se suas equipes não tiverem um bom resultado, você também não terá. Diante disso, o que você pode fazer para aumentar o output de seu time? Este livro certamente vai ajudá-lo a responder a essa questão e o levará a enxergar o trabalho de uma forma totalmente diferente.


Os insights deste livro são tão bons que exerceram um papel de extrema relevância no estilo de gestão de Mark Zuckerberg, fundador do Facebook (agora Meta), sendo assim, podemos dar total credibilidade à Grove, que vem influenciando em modelos de gestão de alto nível de sucesso.


4 - Inovação e Espírito Empreendedor – Peter F. Drucker


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Sinopse:

Drucker demonstra neste livro que criatividade e planejamento são um paradoxo aparente, pois a inovação também exige uma disciplina sistemática. “Embora hoje se discuta muito a ‘personalidade empreendedora’, poucos dos empresários com quem trabalhei nos últimos trinta anos tinham tal personalidade.


Os empresários bem-sucedidos que conheci têm em comum, não um certo tipo de personalidade, mas um compromisso com a prática sistemática da inovação.” A inovação é função específica do empreendimento, seja em um negócio já existente, como uma instituição de serviço público, ou um novo empreendimento iniciado por um único indivíduo, em qualquer área. Reconhecido em inúmeros países como a mais renomada autoridade em Administração, Drucker apresenta neste livro, pela primeira vez, a inovação e o empreendedorismo como uma disciplina sistemática e com propósito deliberado.


Analisa os desafios e as oportunidades do mais importante evento na economia americana – o surgimento de uma nova economia empreendedora que transformou a empresa, a força de trabalho e a sociedade americana nos últimos dez a quinze anos, e que está baseada na inovação sistemática e na administração e estratégias empreendedoras. A nova economia empreendedora criou a maior expansão do emprego em tempos de paz na história dos Estados Unidos – 35 milhões de empregados num período em que a grande empresa tradicional e no governo perderam recentemente mais de 5 milhões de cargos. Acima de tudo, a nova economia empreendedora se baseia na conversão de uma “ideia brilhante” em atividade organizada e o espírito empreendedor de “genialidade” em administração sistemática e estratégias criativas bem enfocadas.


O livro de Drucker mostra e analisa com lucidez o que as empresas já estabelecidas, instituições de serviços públicos e novas empresas de risco precisam saber, precisam aprender e, acima de tudo, precisam fazer.


Após a sugestão dos 4 livros, ainda tenho uma dica para que você consiga colocar em prática o conhecimento adquirido:


Como são livros que abordam perspectivas diferentes, recomendo fortemente que a leitura seja feita de modo intercalado e sempre busque relacioná-los. Isso trará maior valor e te auxiliará a pegar novas ideias, pois apesar de ter bastante conteúdo, não há respostas prontas.


Bora ler?



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(Fonte: Giphy | Reprodução)


Depois de ler esses livros, tenho certeza de que sua cabeça vai estar fervendo de novas ideias e pode contar com a gente para te ajudar a organizá-las e a colocar todas elas em prática, visando a potencialização dos resultados do seu negócio! 💥


 

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Imagine a possibilidade de ter na sua empresa um ambiente propício e adaptado a mudanças, a experimentação e 100% orientada à inovação. Uma empresa que consegue gerenciar com eficiência as tarefas rotineiras do negócio e ao mesmo tempo trabalhar no que precisa ser mudado para construir a sua empresa do futuro.


Isso existe e toda empresa pode se tornar nisso, existe um processo que permite essa evolução e é isso que vou conversar contigo aqui nesse texto.


Existem dois tipos de empresas: as reativas, as quais acreditam que o meio é que forma as oportunidades, e as proativas, aquelas que ditam as novidades do mercado e saem na frente com inovações relevantes.


O mundo está mudando de forma rápida e o mundo dos negócios concorda com Darwin, não são os mais fortes que sobrevivem mas sim, os que se adaptam às mudanças do ambiente. Inovar não é legal, é necessário.


Mas fique tranquilo, se você ainda não implementou uma estrutura e processos voltados para inovação, aqui neste artigo vou explicar como trazer para a sua empresa uma cultura mais dinâmica e voltada para o fomento da criatividade, melhoria contínua e inovação.


O ponto de partida para uma empresa adquirir uma cultura criativa, onde os funcionários vivenciam a inovação no dia-a-dia como se estivesse impregnado no seu DNA, é necessário que a organização disponha de um ambiente propício para que os colaboradores concedam sugestões, e façam proposições de ideias e melhorias.


Os benefícios de criar esses ambientes na empresa podem minimizar a resistência ao novo, para que uma nova mentalidade voltada para o engajamento e proatividade possam crescer de forma orgânica e em todos os níveis da hierarquia.


Alterar uma cultura organizacional estática e conservadora não é fácil e requer vontade sincera, disciplina e compromisso. O start inicial precisa vir da alta administração, do conselho, do CEO e dos diretores, todos eles precisam estar alinhados com essa vontade e manifestar aos demais essa intenção de forma clara e sincera. Mais do que isso, precisam mostrar com ações esse apoio e intenção de mudança. Dependendo da política de gestão adotada até então pela empresa, essa iniciativa envolve ter que diminuir a necessidade de controle e aos poucos ir delegando aos demais escalões a oportunidade de tomar decisões, de dar maior autonomia e de opinar nas ações.



Ações que desencorajam um ambiente inovador:


Vou elencar aqui um conjunto de causas que levam os colaboradores de uma empresa terem muita resistência em aderir uma cultura inovadora.


Medos: O medo é um sentimento inerente ao ser humano, isso todos sabemos, o problema é que se ele não for trabalhado para ser superado ele inevitavelmente ficará instalado na atmosfera da empresa e irá engolir qualquer iniciativa minimamente nova ou diferente.


  • Do desconhecido: Quando lidamos com inovação somos inseridos em um ambiente de experimentação, de teste, de hipóteses e resultados incertos. O medo do desconhecido desmotiva algumas pessoas a agir pois não ter uma certeza de onde o caminho nos levará traz a sensação de falta de controle e de estar à própria sorte.


  • Do erro: Uma cultura organizacional que possui baixa tolerância ao erro, onde isso seja sinônimo de incompetência e inadequação por parte de quem tomou a decisão, acaba gerando ambientes em que o medo de errar é mais forte do que o prazer de acertar. Quando se fala em ser bem sucedido em algo, o erro faz parte do processo, os aprendizados gerados nessas "falhas" são essenciais para que a chegada “lá” seja ainda mais prazerosa e enriquecedora.


  • Da punição: O medo da punição está relacionado ao receio de se tomar uma decisão de forma equivocada e acabar levando a empresa a ter prejuízos tanto financeiros, mas também de tempo e energia.

Todas as ideias colocadas como possibilidade de desenvolvimento precisam passar por processos de priorização, controle de desempenho e projeção de custos/receitas. Qualquer erro que possa acontecer não será apenas de uma pessoa e deve-se compreender que ao se trabalhar com inovação, falhar é normal, o quanto antes isso acontecer melhor.


Claro que responsabilidades devem ser dadas aos envolvidos, mas a organização precisa estar preparada desde o seu planejamento para esses acontecimentos.


Falta de método claro: A confusão e a dificuldade de entendimento de como executar projetos de inovação pode acabar deixando as coisas muito complexas e soltas, gerando desinteresse e baixo envolvimento dos colaboradores. É fundamental ter processos, prazos, responsáveis, etapas de início, meio e fim.



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(Fonte: Giphy | Reprodução)




Ações que incentivam a um ambiente inovador:


Vou elencar aqui um conjunto de iniciativas que motivam os colaboradores de uma empresa a aderirem para uma cultura inovadora.


Direcionamentos para a criatividade: É muito interessante para empresas que não possuem ainda a inovação na sua essência e nem nos seus valores começar trazendo pequenas ações no dia-a-dia para despertar nos colaboradores o desejo de participação, engajamento e proatividade.


Existem algumas práticas com o objetivo de exercitar a criatividade inata dentro de cada um de nós, gerar insights e estimular o processo de ideação para que se reverta em projetos que por sua vez possam trazer melhores resultados para a organização. É preciso criar novos inputs para dentro da organização, alimentar o quadro de funcionários com novas informações que podem ser adquiridas através de treinamentos, workshops, encontros criativos com dinâmicos de grupos e uso de Brainstorming. Leve os funcionários para conhecer centros de inovação e laboratórios. Incentive o hábito da leitura, debatam cases de sucesso e inicie um processo de capacitação para que todos possam partir mais ou menos do mesmo estágio de conhecimento.


Divulgar:


A inovação: Um elemento que vai auxiliar muito na transformação da cultura é a comunicação interna. Com o seu nível de alcance, ela é capaz de noticiar aos funcionários os projetos, os envolvidos e o desempenho das ações para as pessoas que não estão alocadas de forma direta. O sentimento de conexão e transparência reforçam a cultura.


As etapas e processos: Informar a estrutura que será a base da gestão da inovação também é muito positivo para o entendimento do processo de forma macro por todos na organização, todos sabendo das responsabilidades, entregas e prazos dão ao projeto maior nível de responsabilidade e compromisso.

Explique como foi o processo de geração de ideias, como aconteceu a seleção e priorização, depois informe quando acontecerá o teste de conceito, a criação dos protótipos e finalmente quais serão as entregas finais. Comunique como e onde serão registradas e atualizadas as ações e qual o seu fluxo por meio de folders internos e mural de avisos.


Vou citar duas ferramentas utilizadas nesses processos:


Uma delas é o Design Thinking que tem o objetivo de abordar problemas, análise de informações e proposição de solução com base em ideais e insights através de um olhar empático sobre o cliente. Pode ser direcionado para o desenvolvimento de produtos e serviços diferenciais e que satisfaçam de forma mais plena as necessidades dos consumidores.

Na Estratégia do Oceano Azul uma das ferramentas é a listagem de atributos de valor de um negócio e distribuí-lo em uma matriz, no qual, alguns desses elementos irão aumentar ou diminuir, os mais desinteressantes serão eliminados e novos podem ser criados, resultando num conjunto de ações gerenciais que resultam em importantes produtos e serviços capazes de criar novos mercados.


  • Os protagonistas envolvidos: Demonstrar reconhecimento à quem se dispôs a entrar nessa empreitada é fundamental, os funcionários precisam saber quem foram os responsáveis pela ideia e quem a desenvolveu. Independente do tamanho e complexidade, a participação das primeiras ações em direção à inovação e a conclusão dela devem ser celebradas.


  • Os resultados obtidos: A apresentação dos resultados ao final do processo, sejam eles positivos ou negativos, tem o objetivo de passar um retorno para a organização sobre o que resultou todo o esforço e empenho dos comprometidos no processo. Para os acertos deve-se comemorar e colher os frutos, para os erros recomenda-se refletir e aprender com eles, analisar as possíveis causas e compreender que errar faz parte do processo de aprendizagem.


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(Fonte: Giphy | Reprodução)




Contudo, faço uma ressalva: A implementação de uma cultura de inovação é apenas o primeiro passo, pois ela por si só não garante a inovação. Além dos fundamentos contidos neste artigo de como trazer uma cultura de inovação para a sua empresa, essa cultura precisa estar conectada com um planejamento, estratégia, processos, indicadores e sistema de recompensas resultando em uma gestão da inovação.


Tendo em vista os aspectos observados, o principal é iniciar estes procedimentos no seu negócio, para empresas pequenas e/ou que ainda não possuem processos claros e definidos de inovação, recomendamos começar com ações simples de escuta ativa dos seu quadro de funcionários e quando sentir que a equipe possui maior segurança para se expor e ter iniciativa é interessante aumentar a complexidade e ir adicionando mais elementos a esse ambiente como por exemplo um centro de inovação com a alocação de uma equipe especializada nesse assunto.


Então, convidamos você a dar o primeiro passo, abra a cabeça para o novo e colha os frutos dessa escolha. Nós estamos aqui para te auxiliar e te acompanhar nessa nova jornada. Se sentiu o chamado e se esse conteúdo fez sentido para você, nos contate e vamos trocar uma ideia. 😊


 

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