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Homem colocando um dardo em um alvo

Toda empresa quer crescer. Mas poucas conseguem transformar essa ambição em metas claras, mensuráveis e realmente alinhadas com a estratégia do negócio.

Sem um processo estruturado de definição de metas, os esforços se tornam difusos, os times se frustram e a direção perde controle. Por outro lado, metas bem construídas funcionam como uma espécie de GPS organizacional: alinham equipes, impulsionam performance e permitem ajustes rápidos diante das mudanças do mercado.

Este artigo é um guia prático para quem quer estruturar metas eficazes na sua empresa. Com dados confiáveis, exemplos reais e um passo a passo direto, mostramos como sair do "powerpoint" e chegar ao resultado.


1. O que uma boa meta precisa ter?

Metas eficazes têm cinco características, resumidas no framework SMART:

  • Específica (Specific): clara e objetiva

  • Mensurável (Measurable): com indicador definido

  • Atingível (Achievable): com base em dados realistas

  • Relevante (Relevant): ligada ao objetivo estratégico

  • Temporal (Time-bound): com prazo determinado

Segundo a McKinsey, empresas que estruturam bem suas metas conseguem crescer até 30% mais rápido do que concorrentes.


Mas isso só acontece quando a meta é desdobrada, monitorada e ligada a indicadores de resultado reais. E isso exige processo.


Metas SMART funcionam especialmente bem em contextos operacionais ou táticos. Mas em contextos mais criativos ou ambíguos, é preciso adaptar. Pesquisas apontam que metas excessivamente rígidas podem sufocar a inovação. Um estudo publicado na Educational Psychology alerta que metas muito específicas podem comprometer o desempenho criativo.


Infográfico sobre metas SMART

2. Como construir metas em 5 etapas


Etapa 1: Entenda onde você está e para onde quer ir

Use a lógica do Ponto A → Ponto B:

  • Ponto A: sua situação atual (baseada em dados de desempenho)

  • Ponto B: o que você deseja atingir (em prazo definido)

Além disso, é importante que esse ponto de partida seja construído com base em dados objetivos. Indicadores como receita, margem, taxa de conversão, churn, NPS, produtividade e custos devem embasar qualquer definição de meta.


Etapa 2: Desdobre a meta principal por área

Toda meta estratégica precisa ser dividida em metas táticas por equipe ou função. Isso gera clareza e reforça a responsabilidade compartilhada.


Exemplo:Meta principal: Aumentar o faturamento em 25% no ano.Desdobramento:Marketing: gerar 40% mais leads qualificadosVendas: aumentar conversão em 20%CS: reduzir churn de 10% para 6%


Esse desdobramento evita silos e cria alinhamento entre times.


Etapa 3: Valide com o time e defina responsáveis

Segundo o relatório da Microsoft e Forrester, 50% dos colaboradores dizem que gostariam de entender melhor como suas metas se conectam com as da empresa.

Ao envolver os times na construção das metas e nomear responsáveis claros, você aumenta o engajamento e reduz ruído na execução.

Lideranças devem não apenas comunicar as metas, mas criar rituais de revisão, feedback e replanejamento. O ciclo de metas é vivo — não é algo feito apenas uma vez por ano.


Etapa 4: Crie um sistema de acompanhamento

Não existe boa meta sem monitoramento. O ideal é:

  • Acompanhar o progresso com dashboards simples

  • Ter cadência fixa (semanal, quinzenal)

  • Fazer ajustes com base nos dados

Empresas que revisitam metas com frequência têm 2,7 vezes mais chances de alcançá-las, segundo a BetterWorks.

A tecnologia pode ajudar nesse processo. Softwares como ClickUp, Notion, Trello, Google Sheets e Power BI são aliados poderosos para transformar dados em decisões.


Etapa 5: Ajuste quando for necessário

Metas não são estáticas. Mudanças de contexto exigem revisão. E isso é sinal de maturidade, não de fracasso.

A pandemia de 2020 mostrou que empresas ágeis — que sabiam adaptar metas em tempo real — tiveram mais resiliência e capacidade de recuperação.


3. Desdobramento por área / equipe

Transforme a meta-mãe em metas funcionais e por equipe. Exemplos:

Área / Função

Meta desdobrada

Indicador

Marketing

Gerar 40 % mais leads qualificados

Número de leads qualificados

Vendas

Aumentar conversão de propostas em 20 %

Taxa de conversão (%)

Sucesso de Cliente

Reduzir churn de 12 % para 8 %

Taxa de churn mensal

Operações / Prod.

Melhorar eficiência em 10 %

Horas por unidade produzida


4. Exemplos reais para se inspirar

  • Case de varejo de moda: Uma empresa definiu como meta para Black Friday: R$ 520 mil em vendas com ticket médio de R$ 240. O desdobramento foi tático (campanhas, estoques, UX), e o acompanhamento foi feito diariamente. Resultado: meta batida com 7,8% de margem.

  • Case de edtech: Uma edtech queria melhorar retenção de alunos. Definiu como meta: churn máximo de 5% ao mês. O time de produto passou a monitorar feedbacks e NPS em tempo real. Resultado: churn médio caiu de 9% para 4,6% em 6 meses.

  • Case de indústria metalúrgica: Um grupo industrial definiu como meta reduzir desperdício de matéria-prima em 18% no semestre. A meta foi dividida por linha de produção e atrelada a bonificação dos times. Resultado: economia de R$ 280 mil.

  • Case de consultoria online: Um negócio digital de consultoria definiu como meta aumentar o LTV (lifetime value) por cliente em 20%. A meta foi desdobrada entre CS (melhorar onboarding), marketing (educar sobre upsell) e vendas (novas ofertas). Resultado: aumento de 24% em 6 meses.

  • Case de empresa SaaS: Uma plataforma de gestão de tarefas adotou metas trimestrais cruzadas entre produto, marketing e vendas. A principal métrica era aumentar MRR (receita mensal recorrente). Resultado: crescimento de 38% em três trimestres consecutivos.

Construir metas não é uma tarefa burocrática. É uma disciplina crítica para quem quer crescer com direção e eficiência.


Quando feita com método e alinhada à estratégia, a definição de metas transforma empresas. E permite algo fundamental: aprender com os próprios resultados. Se quiser entender como aplicar esse processo na realidade da sua empresa, fale com a ALMA.

 

Atualizado: 24 de out. de 2023

Quais os maiores erros que pequenos empreendedores cometem ao traçarem a estratégia pensando na jornada do cliente?


O primeiro ponto para definir a estratégia, seja ela qual for, é ter bem claro o objetivo por trás. Primeiro vamos definir onde queremos chegar, depois vamos pensar nas formas de fazer isso. Pode até parecer óbvio esse ponto, mas não é, muitas empresas erram em ter todas as pessoas puxando para o mesmo lado e tem muita ação perdida dentro do negócio sem um link com o objetivo central da empresa.


Além disso, muitas empresas ao fazerem o mapeamento dessa jornada, levam em consideração apenas a visão interna, não conversam com o cliente nem observam a prática. Uma coisa é pensar na jornada do cliente sobre como deveria ser na teoria, outra coisa é sobre como ela realmente acontece, então ter formas de ver na prática, in loco, mais rica será a sua avaliação (e verdadeira).


Quais os caminhos que o empreendedor que está "desenhando" a jornada do cliente precisa seguir?


O primeiro passo é mapear a jornada atual, assim você já parte de um bom princípio para remodelar aquilo que for necessário.


Para fazer isso, é possível coletar informações de algumas fontes, tanto da percepção do gestor para dizer exatamente qual a sequencia dos pontos de contato com o cliente, quanto observação e entrevista com o próprio consumidor. Todas essas fontes têm a função de "contar a história" de qual a sequência dos pontos de contato do cliente com o negócio.


O nível de profundidade desse desenho vai depender do objetivo do gestor, aqui na ALMA nós temos um framework para desenhar essa jornada:



esquema que mostra uma cadeia de valor com a jornada do cliente mas processos internos desenvolvidos para um cliente


Nós usamos carinhas para avaliar se aquele ponto de contato é positivo, neutro ou negativo na experiência do cliente, assim conseguimos, de maneira visual, já entender como está a jornada dele com o nosso negócio.


De que forma a tecnologia precisa ser muito bem pensada – e usada – para que a jornada do cliente seja completa e bem feita desde o primeiro clique até o pós-venda?


A regra geral é facilitar a vida do cliente. Toda ferramenta que nos ajude com esse objetivo será bem-vinda, sempre reduzindo os pontos de fricção na jornada dele.


A experiência funciona como uma soma dos pequenos detalhes, então qualquer pedacinho da jornada importa no final das contas.


Quais softwares ou app são importantes na construção dessa jornada?


O desenho em si pode ser feito de várias maneiras, vai depender de como isso vai ser condizido, dependendo do número de pessoas que forem participar dessa construção, haverão ferramentas mais e menos adequadas.


Se você fará isso com um grupo grande de pessoas, pode usar de ferramentas bem tradicionais, porém bem visuais, como cartazes e post-its. Usar técnicas de brainstorming e envolvimento ativo do grupo, vai fazer a troca de ideias fluir muito bem.


Se você vai fazer esse trabalho mais sozinho e já deseja deixar digitalizado, pode ir para ferramentas de mapeamento de processos, como o Draw.io, Bizagi e, o meu preferido, HEFLO.


Independente da ferramenta ou da forma como o mapeamento da jornada vai acontecer, o importante é começar e estar conectado com o objetivo dessa ação. Nunca se desconecte desse objetivo. Outro ponto importante, lembre-se que um cliente com uma experiência acima das suas expectativas vai ter um alto nível de satisfação com a sua empresa e tem grandes chances de tanto voltar a comprar da sua empresa, quanto de indicar para os seus amigos. Pense nisso na hora que você estiver fazendo esse processo.


Se tiver dúvidas de como construir essa estratégia baseada na jornada do cliente ou em como aprimorar a sua jornada do cliente para que ela seja estratégica dentro do seu negócio, nos chame! 💪

 

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